sábado, 12 de novembro de 2011

Dart DeLuxo 1976 Branco Valencia

                                Hoje pela manhã (19/11/11), sábado, como faço todos os dias, saí de casa e fui direto para minha oficina, lá no centro. Ao chegar,   como de costume, tratei meu cachorro e após, dei a organizada semanal nas minhas coisas. Depois de tudo (+-) arrumado, como não estava com ânimo de fazer nada,  saí para uma caminhada despretenciosa pelo centro da cidade. Depois de algumas quadras caminhadas, sem querer me veio a cabeça a época em que estas minhas caminhadas eram agraciadas com  dodges parados pelas ruas! Como os tempos mudam?? Hoje em dia, além de os dodges não serem mais vistos, quase nenhum outro carro antigo circula pelas ruas. Só o que se vê são estes enlatados plásticos, nada carismáticos, de cores horríveis, sem vida!
                           Para uma pessoa como eu, que adora coisas antigas, é deprimente!! Eu que sempre gostei de uma caminhada nos sábados pela manhã, aos poucos, estou perdendo a vontade. Sair para ver o que?? Em poucos minutos, retornei a oficina e mergulhei nas minhas antiguidades. Lá, embora sozinho, me sinto acolhido, em harmonia com o ambiente. Neura total!! Mas... bom, acabei sentado na frente desta máquina horrível, para começar a descrever um novo episódio da minha vida!
                                Este Dart da história de hoje, foi conhecido meu de longa data. Acredito que tenha sido natural de Porto Alegre, e logo em seguida, veio residir aqui em Taquara, ate seus últimos dias. Na primeira vez em que o vi, este carro era de um antigo advogado aqui da cidade. Este, ficou muito tempo com o Dart. Eu mesmo não cheguei a fazer manutenção nele nesta época, até porque , nem tinha oficina ainda.
                                Fiquei sabendo muitos anos depois que este advogado o teria vendido para um colega seu, da cidade de Sapiranga. Em torno de dois anos depois, este advogado de Taquara recomprou o carro, e assim ficou com ele por mais alguns anos. Durante esta segunda vez em que o advogado foi proprietário do carro, fiz inúmeros consertos no Dart. Esta fase perdurou por mais algum tempo, acho que uns dois anos.
                              No decorrer do tempo, fiquei sabendo que este advogado sempre foi envolvido com corridas de automóveis. Ele , junto com outros amigos, tiveram ate uma grande equipe, na qual participavam de provas de velocidade por todo o território brasileiro e argentino.
                                Em meados da década de oitenta eu já tinha oficina estabelecida, um cliente meu de nome Ayrton, comprou o Dart do advogado. O Ayrton, antes de comprar este, já havia tido outros dois dodges, um Gran Sedan 78 e um Dart 74, aos quais , eu também fazia manutenção.
                               Acho que um ano depois do Ayrton ter comprado o Dart, em uma viagem que estava fazendo, ele se envolveu em um acidente de trânsito. Neste acidente, ele acabou atropelando uma pessoa que caminhava na beira da estrada. Infelizmente, esta pessoa morreu em decorrência do atropelamento.
                                Na época, o Dart então foi apreendido pela polícia, ficando por meses em um depósito de veículos acidentados. Nesta época, como eu conhecia bem o carro, sabia das reais condições mecânicas e das seguidas manutenções feitas, fui ate onde o carro estava apreendido para ver o quanto o carro estaria danificado. Ao chegar lá, fiquei ate admirado, pois praticamente não tinha estrago algum. Tinha um pequeno amassado no bico do para-lamas dianteiro esquerdo e a grade estava quebrada, do mesmo lado!  O dodge tranquilamente sairia dali rodando! Voltei para casa e fui até o Ayrton, tentei negociar o dodge. Depois de várias propostas, acabamos por não entrar em acordo, e o carro preso, no tempo!!.
                              Passado mais ou menos um ano, fiquei sabendo que o Ayrton tinha entregue o Dart em troca dos préstimos advocatícios ao antigo proprietário do Dart, na questão do acidente de trânsito na qual ele se envolveu. Mas, não sei porque cargas d`água, o advogado, ao invés de levar o Dart para uma oficina e recuperar o que foi estragado no acidente, acabou negociando o Dart com o sr. Turco, do ferro-velho da cidade de Três Coroas. Nesta hora não acreditei, acabava de perder mai um dodge para o sr Turco!
                               Alguns dias depois, fui ate Três Coroas para ver se o Dart estava mesmo lá e tentar comprar algumas peças, pois o carro tinha muita coisa boa. Foi um carro bem cuidado por todos os donos! Ao chegar lá, tive um choque, bem na entrada do ferro-velho, tinha uma enorme pilha de carros, não lembro bem, mas ao todo acho que eram cinco carros empilhados, o Dart era o último, lá em cima!!!
                               Fiquei ali olhando por alguns minutos, ainda não tinham tirado sequer uma peça do Dart, apenas o capô e a tampa do porta-malas estavam bem amassados. Alguns minutos depois fui até o escritório do ferro-velho para perguntar alguns preços de algumas peças. Ao me ver, o sr. Turco me mandou entrar, e como já haviamos negociado antes, e este , sabia que eu trabalhava apenas com dodges, me ofereceu o carro inteiro , assim como estava!
                               Propostas daqui e propostas de lá, fechamos negócio. O único porém, que na época não fez a menor diferença, foi que o dodge não tinha mais documentos. O Turco disse que tinha comprado assim, e que eu fosse atrás do antigo proprietário para requerer os documentos. Na época não fiz questão!! Então, pedi ao Sr Turco para baixar o carro, ou seja, coloca-lo novamente no chão. Feito isto, combinei que iria no outro dia , bem cedo, para levar o Dart. Queria tentar leva-lo para minha oficina rodando!

Olhando para estas fotos hoje, seria bem fácil restaurar este Dart, tinha uma estrutura boa!
Nestas fotos, já bem depois de te-lo comprado, os efeitos do tempo atacavam o Dart sem piedade!

Para-lama intruso no porta-malas

Em pouco tempo já não tinha mais muita coisa para se tirada do pobre Dart, últimos dias!

                               No outro dia, nem bem tinha clareado, meu pai já tinha me deixado em frente do ferro-velho, com uma caixa de ferramentas, um carburador revisado, uma bomba de gasolina, bateria e mais algumas peças que não lembro. Mas tinham muitas coisas, com certeza eu iria levar o carro rodando.
                               Apesar de toda trabalheira, lembro que passei uma manhã agradável no ferro-velho, por volta das 10:30hr, o motor do Dartão roncou bonito! E realmente eu não havia me enganado a respeito do carro, um motor extremamente sereno, uma caixa de 4m muito suave, um ótimo carro!!
                               Bom , com o dodge funcionando, resolvi fazer uma busca por peças naquela imensidão de carros atirados. Tinham ali naquele local, diversos dodges, galaxies e mavericks, Os galaxies eram, com certeza, em maior numero!! Eram muitos mesmo, dificilmente tinham menos de 30!!
                               O sr Turco tinha um costume... muito engraçado, ou talvez, irritante, não sei! Quando alguém chegava lá para comprar alguma peça, caso não tivesse a peça desejada pendurada em alguma parede do enorme galpão, ou seja, se a peça que o cliente queria, tinha de ser tirada de algum carro, o sr Turco mostrava um balcão cheio de ferramentas engraxadas e sujas para a pessoa, e em seguida mandava ela mesma ir tirar do carro. Se a pessoa (comprador) não sabia tirar a peças, ele não vendia!! Dá pra acreditar?? Eu mesmo cansei de passar horas e horas por baixo de dodges naquele local, tirando peças calmamente, selecionando parafusos (os quais o sr Turco me deixava trazer, pois ele os atiraria no mato se não me desse), e outras coisas mais!
                                Bom, naquele dia encontrei no meio de um macegal alto, rodeado por alguns outros dodges,  um charger 74 vermelho,  que, aparentemente, tinha chego naquele local muito inteiro.  Peguei minha caixa de ferramentas e caí por cima do charger. Lembro que comecei tirando os bancos, ainda de couro!! Depois tirei painel de instrumentos, console, frisos, chapa da tampa do porta malas, letreiros e a suspensão completa! O motor e a caixa já tinham sido vendidos, o diferencial tinha somente mais a carcaça. Bom, acabei tirando o que deu do carro, levei tudo para dentro do Dart, paguei uma mixaria pelas peças e fui embora. Hoje, me arrependo de não ter ido mais vezes no ferro velho do Turco, ao certo , deveria ir toda semana! E sempre vir com uma carga, grande, de peças! 
                                Na próxima postagem , Dodge Magnum 1979, azul Cadet.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Charger R/T 1978 amarelo (Branco Madagascar)

                            Alguns dias atrás, já altas horas da noite, deitado em minha cama sem conseguir dormir, comecei a relembrar de uma época em que existiam milhares de dodges por aí. Lembrei quando tinha oficina cheia deles, dezenas ou até centenas de clientes. Estes todos, usavam seus dodges no trabalho e lazer. Me veio a cabeça então, o que mais estragava nos dodges e galaxies! Instantaneamente lembrei de como estes carros são robustos e duráveis!
                           Lembrei de um churrasco que tive em família alguns dias atrás, quando começamos a falar na durabilidade dos carros, de hoje e do passado! Meu pai, que trabalhou e usou severamente os carros antigamente, e que eu saiba e lembre, teve pick-up dodge (1949) , F1 (1951 e 1953), F100 (1957, 1959, 1961), Rural (1963), Simca (1963 e 1965), Fuca (1966), Varinat (1969), e depois destes, sempre teve Opalas, desde o seu lançamento, acho que foram nove, todos tirados 0K.  Também teve dois Chevettes e bem depois, teve Ômega, Pick-up Chevrolet S10 e Vectra, mas aí já não trabalhava mais! 
                            Bom, na fase em que viajava, dos pimeiros carros que teve até o início da década de oitenta, foi uma época em que praticamente não existiam estradas asfaltadas neste Brasil. Lembro quando eu viajava com meu pai, as estradas eram horríveis. As famosas costeletas que chacoalhavam até a alma do sujeito, os buracos, as pedras que cortavam os pneus, a poeira infernal que, insistentemente, adentrava por qualquer pequeno buraco, os atoladores nos rincões da serra gaúcha, que, por muitas vezes, tinham que ser colocadas correntes nas rodas para poder tracionar o carro. Era penoso, para o motorista e também para o carro! 
                            Lembrando tudo isto, perguntei ao meu pai o que ele acharia de pegar um carro de hoje em dia ( de puro plástico) e colocar em estradas como as de antigamente?? E usa-lo por anos a fio, do mesmo jeito que ele os usou antigamente!! Meu pai começou a rir e respondeu que, com toda certeza, o carro não duraria um décimo do tempo!! E eu não só acredito, como endosso a resposta!!
                           Lembro do primeiro carro que ele teve quando começamos a viajar juntos. Um Opala special 1974, cor vinho com teto de vinil branco. Aprendi a dirigir neste Opala! Meu pai e eu rodamos com este carro 400.000 km em quatro anos. 60% deste quilometragem em estradas ruins. Quando foi trocado, em 1978 por outro Opala, um modelo DeLuxo, de cor vermelha, seu motor nunca tinha sido aberto, era STD!!! As manutenções eram: Troca de óleo, platinado, velas, pneus, raramente buchas de suspensão e amortecedores. Freio?? Somente lonas e pastilhas. Hoje, seguidamente vejo pessoas trocando servo freio de carros novos, cilindros, flexíveis. Absurdo!! Meu pai nunca precisou abrir motor, caixa ou diferencial em nenhum dos Opalas que teve!! Os carros de antigamente eram muito, mas muito, melhores do que os de hoje!!
                            Mesmo com toda a tecnologia automotiva moderna, a meu ver, piorou!! Uma destas tecnologias, que muitos defendem, a injeção eletrônica, realmente deixa o motor  mais bem regulado por mais tempo, sem falhas e solavancos, principalmente em dias frios do inverno. Mas afirmo para vocês que, "eu", prefiro carburador. Em uma viajem, com um carro carburado e com platinado, qualquer mecânico de beira de estrada, de bicicleta, arruma! Se houver uma pane em um carro injetado, nem mesmo um mecânico da fábrica do automóvel conserta! Pode providenciar um guincho e leva-lo a uma oficina aparelhada para tal serviço!
                           A algum tempo atrás, quando o Mário Buzian e o Maurício Silveira estiveram aqui, conversamos sobre isto. Lembro que comentei com eles, e disse o seguinte: "Se alguém me der, de presente, uma ignição eletrônica para instalar na minha Chevrolet C10 ou em qualquer outro carro meu, eu não a coloco. Não troco o eficiênte platinado por uma ignição eletrônica!!" E olha que eu rodo com minha C10, vocês não imaginam por onde e como eu a uso! As minhas caçadas e pescarias são sempre em lugares distantes, hermos e de difícil acesso!!" Nunca fiquei empenhado!! Ao contrario, já ajudei muita gente com carrinho novo parado nas piores estradas. Sei que tem gente que olha carro velho com olhos atravessados, até não condeno, pois por falta de manutenção, tem milhares por aí atrapalhando o trânsito!!
                           Mas... eu fico puto da cara quando alguém me diz que carro velho não presta!  Eu provo o contrário!! E mais, digo o porque ele é muito melhor que o novo!! Para os carros velhos que atrapalham o frenético fluxo de hoje em dia, eu explico o porque com três razões simples e básicas:
                                     - Primeiro:  90% ou mais, de todos os proprietários de carros velhos, e até mesmo os antigos, que existem por aí, não tem condições de colocar gasolina em seus tanques, imaginem manutenção com um bom mecânico e boas peças!!
                                     - Segundo: Não se acha mais mão de obra qualificada para os carros antigos em qualquer lugar. As grandes e boas oficinas não querem fazer consertos nestes carros. Isto por vários motivos, dificuldade de achar peças é uma delas! Mecânicos?? É coisa rara nos dias de hoje. O que existe em abundância, são trocadores de peças!! Ninguém sabe consertar mais nada, pois é tudo descartável mesmo!! Então, quem tem um carrinho velho, além de não ter dinheiro, acaba levando seu carro em mecânicos picaretas que aprenderam o ofício consertando bicicletas.
                                     - Terceiro: A qualidade das peças novas de hoje em dia é PÉSSIMA!! Peças que antigamente duravam uma vida, hoje duram poucos meses. Algum tempo atrás estive conversando com um representante comercial, de uma grande empresa de rolamentos. Este amigo me disse o seguinte: "-Cuti, a indústria chinesa está acabando com nossas fábricas, não temos como competir em preço com eles. Então, está acontecendo o seguinte, a minha empresa compra rolamentos chineses, quando estes chegam ao Brasil, nós empacotamos em caixas com nosso logotipo e vendemos por um preço bem inferior ao que produzimos aqui. Só que a qualidade é muito baixa!! " Continuou: "-E um dos culpados para que isto venha acontecer, não é apenas a nossa carga tributária! É também o consumidor final, que na hora da compra, apenas visa o preço!! E isto não está acontecendo apenas com os rolamentos!! Tudo que é fabricado aqui, também está sofrendo com a importação, consequentemente a nossa qualidade cai!". Um comentário chocante do meu amigo vendedor!  
                           Chego a conclusão que o ser humano ficou bobo demais, consumista e doente. Hoje em dia, se um carro não tiver ar condicionado,  direção hidráulica, vidros e espelhos elétricos, e mais uma infinidade de bobagens, ninguém quer!! É um verdadeiro absurdo!! Isto se falando em homens, porque, me desculpem, mas as mulheres de hoje são piores, dizem que não conseguem dirigir um carro se não tiver hidráulica, ar e vidros elétricos!! Minha mãe dirigiu F1, F100, Rural, Simca , Opala, etc, etc, etc, e achava maravilhoso!!  O ser humano de hoje é um consumista bobalhão!!   
                           Bom, voltando a minha realidade, e o pensamento que tive na minha cama, lá no início da postagem.
                          Das milhares de marcas de carros que já foram produzidas neste mundo, estas todas, subdivididas em mais alguns milhares de modelos, consequentemente, se pararmos para pensar que cada modelo de carro, é assim, dividido em centenas, milhares, de peças diferentes, todos sem exceção, tem seus defeitos crônicos. Alguns tem defeitos estruturais, outros mecânicos, outros de acabamento, e assim por diante. Com os dodges brasileiros, teoricamente, não poderia ser diferente.
                            Mas aí, eu me ponho a pensar e me pergunto:"- Quais defeitos crônicos tem um Dart e seus irmãos?" Parem para pensar, defeitos estes que não se consegue corrigir sem modificar a peça em questão!
                         Primeiro penso na suspensão do dodge. Qual falha incorrigível tem?? A meu ver, nenhuma! Toda ela, estando em plena forma, não apresenta incômodo ao motorista!
                  Passo então para estrutura, peças móveis como portas, capôs, fechaduras, maçanetas, maquinas de vidro?? Nada disto apresenta defeitos incorrigíveis, até por sinal, são coisas que raramente estragam no dodge!! 
                           Diferencial e caixa?? Excelentes!! Motor?? Não tem o que dizer!! Aí penso nos acessórios do motor, como motor de arranque?? 100%. Bomba d`água?? idem! Bomba gasolina?? Dura muito, sem defeito!! Embreagem?? Nada ainda!!
                          Até que chego a uma peça, que dá, e deu e vai dar origem a milhares de reclamações!! O calo no pé dos mecânicos, a pedra no sapato dos "mechanicos"!
                                           "DFV 446"
                          Me perdoem os incompetentes, ou talvez, uma palavra menos chocante: Inaptos! Mas eu adoro o 446! Para mim, um carburador de manutenção simples e de fácil manejo. Precisa apenas de alguns cuidados básicos para trabalhar sem falhas e com respostas eficientes, por muito tempo. Nos anos todos de oficina, tive amostras de como "não" se deva executar serviços de manutenção nestes carburadores. Vi coisas impossíveis e inimaginaveis de um "mecânico" fazer! Aquela mania de bater com uma chave na tampa do carburador, em cima da agulha... aí meu Deus, é cruel!!!!!!
                            Concordo que o 446 é meio temperamental, não gosta de ser mal tratado e principalmente engendrado. Mas a minha relação com ele é totalmente amigável.
                            Imaginem só, quando um Dodge foi adquirido novo, por um médico, advogado, juiz, ou seja, uma pessoa de alto poder aquisitivo, se este saísse com o carro e tivesse que levar junto uma chave de boca para bater no carburador??? Ridículo!! E as agências avisando o novo propritário, que recem adquiriu um carro caríssimo:"-Olha, quando afogar, tu bate no carburador que ele desafoga!! Sem fundamento!!
                          Coisa que muitos dizem dele até hoje:-" O 446 do Dodge é igual ao do Opala! Fico embasbacado!! Nem o corpo externo é igual, que diremos do interno! Mas a maioria dos "mecânicos"teima em afirmar se tratar da mesma coisa.
                            Sei que o "patinho feio" tem também a errônea fama de babão!! Injusta!! Injúria, difamação!!! Se nos meus setenta e poucos dodges isto aconteceu duas ou três vezes, foi muito. E quando aconteceu, foi por minha culpa. Já notaram que a maioria das vezes que o 446 transborda gasolina por todos os poros, foi após ter sido mexido por alguém?? Quando ele está em funcionamento por meses, ou até anos, dificilmente acontece isto, de vazar gasolina? Imperícia de quem mexeu onde não devia!!
                             O DFV tem algumas regrinhas básicas, as quais aprendi em cursos exclusivos sobre ele, e também na prática. Seguindo-as, nunca, vejam bem, nunca vai afogar!! Mas, alguns seres humanos tem o grave defeito de denegrir o que desconhecem.
                                                            Charger 78
                             Este dodge eu comprei na cidade de Viamão, o carro era branco e foi pintado porcamente. Estava atirado ao lado de uma casa, bem humilde! Aparentemente, antes de ser pintado, era bem inteiro. Mas, acredito que seu dono quis inovar. Por estar a muito tempo jogado na rua,  a lataria se encheu de podres. Tinham bolhas saltando por varios pontos. Mas , pelo preço, acabei comprando o carro para desmanchar.
                            Levei o Charger para casa e acabei gostando dele, então passei um bom tempo consertando e desfazendo "atualizações" que tinham feito no coitado. A cor não tinha remédio, mas o carro ficou bem apresentável.
                             Algum tempo depois, em um domingo de sol, fui com ele a um antigo encontro de carros que acontecia na rua Princesa Isabel, quase esquina com a Ipiranga, em Porto Alegre. Acreditem, o carro ficou tão chamativo que era difícil alguém não nota-lo. Depois de tirar esta foto, acabei negociando ele por lá.


                                Na próxima postagem, escrevo sobre outro dodge, um Dart, 1976 branco